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TRATAMENTO DE FERIDAS: INTERNAÇÃO OU AMBULATÓRIO

  • Elaine Soares Dias
  • 9 de mar de 2016
  • 2 min de leitura

A assistência aos pacientes portadores de lesões de pele é uma atividade que compõe a rotina da enfermagem, exigindo um cuidar complexo e dinâmico, sobretudo quando se trata de feridas crônicas ou infectadas. O enfermeiro é o profissional capacitado para avaliar e intervir de forma autônoma no tratamento de diversos tipos de lesões¹. Os profissionais de saúde que proporcionam cuidado ao paciente precisam estar habilitados para realizar uma avaliação continuada e eficaz das feridas. É fundamental acompanhar a evolução do processo cicatricial, a cobertura da ferida e os produtos utilizados, no sentido de continuar ou modificar as condutas até então estabelecidas. Através da coleta de dados e avaliação da ferida é que se pode determinar qual será o tipo de tratamento: internação ou ambulatorial. A descompensação clínica do paciente pode afetar o processo de cicatrização, tornando-o mais difícil. Devem serem considerados: idade, estado nutricional, estado psicológico, terapia farmacológica, imobilidade, vascularização, condições sistêmicas, fatores locais, fatores psicossociais. Dados coletados durante a anamnese são essenciais para definir o tipo de cuidado que o portador de ferida precisa para sua recuperação. Deve ser avaliado na ferida: tipo de lesão, estadiamento, tamanho, presença de odor ou exsudação, sinais flogísticos, áreas de necrose seca ou úmida e tecido de granulação. Também deve ser avaliado os fatores como causa e tempo de existência da ferida. Se existir a presença de alguma patologia que indique necessidade de internação, o paciente deve ser avaliado no momento de sua admissão. Pacientes em internação possuem um maior risco de adquirir úlcera de pressão, assim dev-se aplicar a Escala de Braden que mapeia o risco de surgimentos de úlceras de pressão. São avaliados cinco riscos: - Percepção Sensorial: Capacidade de reação significativa ao desconforto; - Umidade: Nível de exposição da pele à umidade; - Atividade: Nível de atividade física;

- Mobilidade: Capacidade de alterar e controlar a posição do corpo; - Nutrição: Alimentação habitual; - Fricção e Cisalhamento: “escoriações” causadas pela pressão sobre a pele. Deve haver um trabalho de prevenção e avaliação durante o período de internação se o paciente apresentar risco de evoluir uma lesão. A conduta dos profissionais de enfermagem é avaliar e orientar o paciente e seguir os critérios de prevenção das feridas. - Mudanças de decúbitos de 2 em 2 horas; - Usar colchão casca de ovo; - A cabeceira da cama sempre menor que 30 graus para não pressionar a parte do quadril; - Elevação dos calcanhares; - Lençóis secos e esticados; - A pele deve estar sempre seca, limpa e hidratada. Após a alta, o paciente passará para o tratamento ambulatorial mediante liberação médica, entretanto, o tratamento da lesão deve ser continuado pela atenção primária, buscando a cicatrização e prevenindo novas lesões.


REFERÊNCIAS:

Ferreira AM, Candido MCFS, Candido MA. O cuidado de pacientes com feridas e a construção da autonomia do enfermeiro. Rev. enferm. UERJ. 2010; 18(4):656-60.


A Atuação do Enfermeiro no Tratamento Ambulatorial de Feridas: Relato de Experiência. Disponível em:http://www.abeneventos.com.br/anais_se…/17senpe/…/1545po.pdf


Avaliação e Tratamento de Feridas – Hospital de Clínicas Porto Alegre-RS. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstr…/…/10183/34755/000790228.pdf


 
 
 

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