PROCESSO DE VIVER DO PORTADOR COM FERIDA CRÔNICA: ATIVIDADES RECREATIVAS, SEXUAIS, VIDA SOCIAL E FAM
- Geraldo Magela Salomé
- 24 de mar. de 2016
- 2 min de leitura

Após décadas a fio, a preocupação e o cuidado com o bem-estar, equilíbrio e aparência mostram-se presentes no cotidiano do ser humano. Porém, a condição da pessoa portadora de ferida crônica compreende uma ruptura da pele não raro com presença de secreção e odor que pode alterar a imagem corporal do indivíduo. Essa condição implica, para alguns pacientes, profundas modificações no estilo de vida, podendo na maioria das vezes levar à ruptura das relações sociais. Frequentemente, o distanciamento entre os indivíduos é intensificado pela visão estigmatizadora que a sociedade tem da pessoa com lesão, podendo ter repercussões no cotidiano do portador de ferida crônica. Conviver com qualquer tipo de lesão interfere nas relações sociais, no ambiente de trabalho e até mesmo no convívio familiar. Consequentemente essas pessoas tornam-se vulneráveis a diversas situações, tais como: desemprego, abandono e até mesmo isolamento social, resultando em efeitos indesejáveis para os projetos de vida. Essas situações provocam no ser humano sentimentos como tristeza, ansiedade, raiva, vergonha, interferindo no seu estado de equilíbrio, na autoimagem, em sua autoestima, tornando-se fenômeno relevante para o cuidar em enfermagem. É necessário rever conceitos, vislumbrando um novo paradigma de assistência, apontado pelos próprios clientes, sujeitos do cuidar. Propõe-se um cuidado humano, solidário, dialógico e sensível, que retrate os princípios e a filosofia humanística do paradigma sociopoético. O cuidado entra na natureza e na constituição do ser humano, e o modo de ser cuidado revela de maneira concreta como é o ser humano. Sem o cuidado, ele deixa de ser humano. Por meio da assistência, o profissional, cuidador ou familiar que cuida do enfermo com ferida crônica e o ser cuidado são capazes de se relacionar por intermédio de um processo interativo, no qual compartilham experiências e resgatam a humanidade existente em cada um. Isso significa que o cuidador busca atender o outro de maneira mais humana, com dignidade, respeito, ajudando, compartilhando e compreendendo as necessidades do indivíduo com lesão.
Veja o artigo na integra: Acesse o link: <https://www.researchgate.net/…/links/0deec52657f218d8230000…> e veja o resultado da pesquisa realizada no ambulatório de um Hospital Estadual, localizado na zona norte da cidade de São Paulo identificando as atividades recreativas realizadas por portadores de feridas crônicas, e as barreiras encontradas no convívio familiar, trabalho, círculo de amizade e atividade sexual, pelos portadores de feridas crônicas que são atendidos neste local.
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